CONTOS ( 1 )
Em toda a história da humanidade, os seres humanos sempre temeram a um ser superior, o qual comandaria tudo, sobre todas as coisas do Universo.
Esse temor existiria, em função da possível aplicação de um castigo supremo, se fosse necessária uma compensação por algum ato praticado por alguém, o qual seria tido pela sociedade como sendo “maldade”.
A questão é que esse ente superior que a humanidade, em todos os tempos, teme, é feito de pura bondade, justiça e amor, por ser o Criador de todas as coisas, podendo fazer e desfazer, a qualquer momento, sobre tudo.
Por essa razão, Ele não tem necessidade de aplicar qualquer tipo de punição ou castigo.
Guardando as devidas proporções, Ele é, como se fosse uma criança normal cuidando dos seus brinquedos.
Qual a criança normal, gostando tanto dos seus brinquedos, que os destruiriam, aplicando algum tipo de agressão?
Então, quem aplicaria essa punição?
A Matemática convencionou os sinais positivo e negativo, com a intenção de explicar pontos opostos.
A Física usa esse conceito, com referência às cargas elétricas.
A Química e a Biologia pegaram carona na Física.
Os místicos usam esse conceito para determinarem o bem e o mal, isto é, qualquer coisa boa, é positivo; coisas más, negativo.
O grande problema, é que tudo isso é pura convenção e, por essa razão, pode ser interpretada por alguém, de forma inversa, sem nenhum prejuízo para conceito original.
Então, o bem poderia ser negativo e o mal, positivo.
Essa, talvez seja uma das possíveis explicações científicas, para tentar provar que o mal existe, porém, a sua origem não tem nenhuma ligação direta com o Criador, e sim, com todos os seres da natureza.
Se um ser qualquer, interpretar a convenção matemática dos sinais positivo e negativo de uma forma inversa, a qual é possível, estará explicado cientificamente que o mal existe, porém, na mente de qualquer ser vivo, variando de intensidade entre todos os indivíduos de uma mesma espécie.
É claro que essa interpretação da convenção matemática está registrada no inconsciente de cada indivíduo, de uma forma racional ou, simplesmente, intuitiva.
Isso explica a existência de pessoas boas e más.
Pode-se admitir que esse registro no inconsciente, seja o resultado de reações bioquímicas, quando da formação da cadeia de DNA de determinado indivíduo.
É importante lembrar que o bem e o mal existem, também, nos seres tidos como irracionais.
Quem não conheceu algum animal mais feroz do que outro, da mesma espécie?
Existem cães mansos e cães ferozes, independentemente de raça.
Para aceitar esta teoria, com referência aos animais tidos como irracionais, tem-se que admitir que eles pensam.
“Quem pensa que bicho não pensa é que não pensa.”
Até mesmo vegetais pensam.
Quem não conhece um vegetal que se alimenta de outro? São chamados de “ervas daninhas”, ou, ainda, as plantas carnívoras. Um ser comer outro da mesma espécie não é um procedimento de bondade.
Até no reino mineral existe vida. Então, o mineral pensa? Claro que sim.
O mineral é feito de átomos e moléculas da mesma forma que todos os demais seres vivos, então, pode-se admitir que existe vida, também, no reino mineral.
Existem minerais que se formam na natureza, cristalizando suas moléculas ao redor de outras, de espécies diferentes.
Isto, também, não é um procedimento de bondade.
Penso que essa necessidade que existe entre os seres, de uns comerem os outros, é o maior erro da Natureza.
Mas, quem sou eu para fazer esse julgamento?
Acredito até, que o mal comece a se mostrar, quando determinado ser necessite de alimentação para sobreviver.
Por que o Criador não interfere nesse processo?
Alguns estudiosos no assunto dizem que isso tem que acontecer, para que haja um equilíbrio populacional entre os seres vivos, em uma determinada área ou região do planeta.
Tudo que foi dito até agora, tenta explicar que o mal existe no inconsciente dos seres vivos em geral, sejam eles animais, vegetais ou minerais, variando de intensidade entre os indivíduos de uma mesma espécie.
Mas qual seria a explicação para alguns fatos reais no nosso dia-a-dia, os quais independem de nós e que são considerados como sendo “castigo divino”?
Se admitirmos que Anjo-da-Guarda existe e considerarmos que alguns deles podem interpretar a convenção dos sinais positivo e negativo de forma inversa como alguns de nós, estará explicada a existência de Anjo-da-Guarda bom e mau.
Alguém já disse que “Anjo-da-Guarda habita um mundo em paralelo ao nosso, em outra dimensão e, por essa razão, é que, às vezes, sentimos a sua presença nos monitorando”.
Para nós, tudo isso é algo sobrenatural, porém, admissível.
Isso tudo explica a ocorrência de vários fenômenos considerados sobrenaturais que acontecem ao nosso redor, bons ou maus, no nosso dia-a-dia, ao longo de uma vida.
Resumindo, nós podemos receber uma graça ou um castigo, aplicado por um ente sobrenatural, o qual vive em outra dimensão nos monitorando e que, para alguns, é chamado de anjo; para outros, de exu, de fantasma, etc, etc...
A graça ou castigo recebido por alguém, dependerá do ser sobrenatural que o estiver monitorando naquele momento, o qual poderá estar interpretando a convenção dos sinais, de uma forma ou de outra.
Isso tudo explica a origem de alguma coisa muito importante na nossa vida, a qual chamamos de “sorte”.
Então, uma pessoa pode ser considerada pela sociedade como sendo boa ou má, porém, com muita ou nenhuma sorte.
Isso explica a existência de pessoas ricas e egoístas, por exemplo.
Querem tudo para si, não se importando com os outros seres em geral; a maldade já vem de “berço”.
Finalizando, é muito importante lembrar que tudo isto que foi dito neste “Conto Fantástico”, é fruto de pura imaginação do autor, então...
Contos Fantásticos (03) --------------- “By” Vic Dório
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